Tipos de Câncer

CÂNCER DE PRÓSTATA

O câncer de próstata é uma doença altamente prevalente e foi observado em cerca de três milhões de indivíduos, na população norte-americana, no ano de 2014. Ocupa a segunda posição entre as neoplasias malignas que acometem os homens, em todo o mundo, atrás apenas do câncer de pulmão.

A taxa de incidência global, em 2012, foi 31,1/100 mil, sendo mais elevada em países desenvolvidos, como Austrália, Nova Zelândia, América do Norte, e países da Europa Ocidental e Norte, podendo variar mais do que 25 vezes frente aos países em desenvolvimento. Isso pode ser atribuído, em parte, às estratégias de rastreamento, realização do teste antígeno prostático específico (PSA) e subsequente biópsia, uma vez que possibilita a identificação de pequenos tumores, latentes ou em fases iniciais de crescimento.  No entanto, taxas aumentadas são observadas também em certas Regiões menos desenvolvidas, como o Caribe, países da América do Sul e da África.

Por se tratar de uma neoplasia com bom prognóstico, a probabilidade de sobrevida em cinco anos é encontrada acima de 80%, variando em função de fatores clínicos, genéticos, socioeconômicos e ambientais.

Fatores de risco:

  • o avanço da idade compreende um fator de risco bem estabelecido, visto que tanto a incidência como a mortalidade aumentam após os 50 anos
  • o histórico familiar em primeiro grau (pai, irmãos ou filhos) apresenta associação positiva para aumento no risco de desenvolvimento dessa neoplasia
  • a cor de pele/etnia são relevantes na etiologia desse tipo de
  • Outras associações controversas estão descritas na literatura, como hormônios sexuais, etilismo, padrões dietéticos e obesidade.

No Brasil, é o câncer de maior incidência entre os homens (desconsiderando-se dessa análise o câncer de pele não melanoma) e as maiores taxas ocorrem nas Regiões mais desenvolvidas: Sul e Sudeste.

Confira aqui as estimativas de incidência desse câncer no Brasil (2018)

CÂNCER DE MAMA

Em termos globais, excluindo-se os cânceres de pele não melanoma, o câncer de mama constitui-se no mais frequente e comum tumor maligno entre as mulheres. É a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres. Embora tenha uma taxa de mortalidade maior do que qualquer outro câncer (12,9/100 mil), o câncer de mama tem letalidade relativamente baixa, dado que a taxa de mortalidade é menor que um terço da taxa de incidência

A tendência da incidência tem aumentado na maioria das Regiões do mundo. Entretanto, nos países altamente desenvolvidos, a incidência atingiu uma estabilidade seguida de queda na última década. Ainda nesses países, as taxas de mortalidade apresentaram uma tendência de declínio desde o final da década de 1980 e início de 1990, refletindo uma combinação de melhoria na detecção precoce, por meio de rastreamento populacional, e intervenções terapêuticas mais eficazes.

Fatores de risco

  • Múltiplos fatores estão envolvidos na etiologia do câncer de mama:
  • idade da primeira menstruação menor do que 12 anos;
  • menopausa após os 55 anos; mulheres que nunca engravidaram ou nunca tiveram filhos (nuliparidade);
  • primeira gravidez após os 30 anos;
  • uso de alguns anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal (TRH) na menopausa, especialmente se por tempo prolongado;
  • exposição à radiação ionizante;
  • consumo de bebidas alcoólicas;
  • dietas hipercalóricas;
  • sedentarismo;
  • e predisposição genética (pelas mutações em determinados genes transmitidos na herança genética familiar – principalmente por dois genes de alto risco, BRCA1 e BRCA2)

Nos países de baixa e média rendas, o diagnóstico do câncer de mama ocorre em estágios mais avançados da doença, aumentando a morbidade relacionada ao tratamento, comprometendo a qualidade de vida e reduzindo a sobrevida dos pacientes. No intuito de modificar esse cenário, o controle do câncer de mama tem sido uma das prioridades na agenda da Política Nacional de Saúde do Brasil. Assim, o Ministério da Saúde, por meio da publicação “Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil”, recomenda a identificação da doença em estágios iniciais por intermédio das estratégias de detecção precoce, pautadas nas ações de rastreamento e diagnóstico precoce.

A mamografia bienal para as mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos é a estratégia de rastreio indicada pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer) enquanto o diagnóstico precoce é formado pelo tripé: população alerta para os sinais e sintomas suspeitos; profissionais de saúde capacitados para avaliar os casos suspeitos; e sistemas e serviços de saúde preparados para garantir a confirmação diagnóstica oportuna e com qualidade.

Confira aqui as estimativas de incidência desse câncer no Brasil (2018)

CÂNCER DE CÓLON E RETO

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de cólon e reto é um dos mais freqüentes. Possui relevância epidemiológica em nível mundial, uma vez que é a terceira neoplasia maligna mais comumente diagnosticada e a quarta principal causa de morte por câncer, representando 1,4 milhão de casos novos e quase 700 mil óbitos em 2012.

O câncer de cólon e reto é uma doença multifatorial influenciada por fatores genéticos, ambientais e relacionados ao estilo de vida. Os fatores hereditários, como o histórico familiar de câncer de cólon e reto e as doenças inflamatórias do intestino, representam apenas uma pequena proporção da variação observada na carga global da doença. Nesse sentido, as diferenças geográficas observadas na incidência possivelmente refletem a adoção de hábitos de vida ocidentais. É evidente a ocorrência de uma transição nutricional, em todo o mundo, que afeta principalmente os países em desenvolvimento.

Assim, os fatores de risco ligados ao estilo de vida são modificáveis e incluem:

  • o consumo de bebidas alcoólicas;
  • a baixa ingestão de frutas e vegetais;
  • o alto consumo de carnes vermelhas e de alimentos processados;
  • a obesidade;
  • o tabagismo;
  • e a inatividade física.

Confira aqui as estimativas de incidência desse câncer no Brasil (2018)

CÂNCER DE PULMÃO

O tabagismo é a principal causa de câncer de pulmão, sendo responsável por, aproximadamente, sete milhões de mortes anuais no mundo, incluindo o câncer. A incidência de casos novos de câncer de pulmão, segundo a última estimativa mundial, foi de 1,8 milhão, representando 12,9% de todos os novos casos de câncer, e 1,6 milhão de óbitos (19,4%) para o ano de 2012. O padrão da ocorrência desse tipo de neoplasia, em geral, reflete o consumo de cigarros da sua Região.

Na maioria das populações, os casos de câncer de pulmão tabaco-relacionados representam aproximadamente 85% dos casos desse câncer. As mais altas taxas de incidência são observadas na Europa e na Ásia Oriental. No Brasil, ocorreram, em 2015, 15.514 óbitos por câncer de pulmão em homens e 10.978 em mulheres.

Em uma visão geral, o câncer de pulmão é classificado em dois grupos: os carcinomas de células pequenas (oat-cell carcinomas) e os carcinomas de células não pequenas (non oat-cell carcinomas). Dentro desse segundo grupo, estão incluídos o adenocarcinoma, o carcinoma de células escamosas e o carcinoma de grandes células. Nos últimos anos, o diagnóstico tem sido realizado cada vez mais com base molecular, evidenciando em estudos específicos as diferentes famílias de genes e o evento mutagênico envolvido, assim caracterizando cada tipo histológico com suas alterações moleculares peculiares.

O câncer de pulmão é um dos tipos de câncer mais agressivos. Em razão da sua alta letalidade, o perfil geográfico da incidência pode ser observado pela mortalidade, principalmente em lugares onde não existe informação de casos novos (incidência). A sobrevida em cinco anos é baixa na maioria das populações do mundo, em média de 10% a 15%. Isso porque, em geral, esse tipo de câncer é detectado em estágios avançados, uma vez que não são observados sintomas em seus estágios iniciais.

O controle do tabaco permanece como sendo a principal forma de redução da ocorrência desse tipo de neoplasia. E já é possível observar uma tendência à redução da incidência e da mortalidade por câncer relacionado ao tabaco, principalmente o de pulmão no Brasil, segundo o INCA.

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CÂNCER DE ESTÔMAGO

De todos os cânceres que ocorrem no mundo, essa neoplasia maligna alcançou o quinto lugar, no ano de 2012, com prevalência de quase um milhão de casos, 6,8% do total . Diferenças são observadas entre os sexos, sendo duas vezes mais frequente no masculino do que no feminino. Corresponde a 8,5% do total de cânceres em homens, reduzindo uma posição no ranking dos tumores mais comuns quando comparado ao sexo feminino. Geograficamente, é mais frequente em países com IDH baixo ou médio.  A previsão global para 2025 sugere que as taxas de incidência para o câncer de estômago apresentarão decréscimos anuais, da mesma maneira que a mortalidade, como já vem sendo observado nas últimas décadas. Em contrapartida, tem aumentado, com os anos, a probabilidade de sobrevida, atingindo 30% em cinco anos.

A infecção por Helicobacter Pylori compreende a causa mais fortemente associada ao aumento no risco para o desenvolvimento de câncer de estômago. Entre os demais fatores ambientais, estão:

  • os hábitos nutricionais, como dietas ricas em alimentos defumados ou conservados no as;
  •  a obesidade;
  • o consumo de álcool, em grandes quantidades
  • e de tabaco.

Exceto câncer de pele não melanoma, por outro lado, a ingesta de frutas e verduras, cereais e frutos do mar tem sido relatada como fator de proteção. Os fatores hereditários contribuem em menor escala para a carga desse tipo de câncer, assim como o histórico familiar prévio, em torno de 2%; sendo as síndromes mais comumente associadas: o câncer hereditário difuso gástrico, o adenocarcinoma gástrico e a polipose proximal do estômago. Assim como a incidência pode ser influenciada pelo desenvolvimento da Região, o nível de escolaridade parece estar associado ao risco; logo, níveis mais avançados de grau de instrução podem constituir um fator de proteção.

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 CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

O câncer do colo do útero ocupa o sétimo lugar no ranking mundial, sendo o quarto tipo mais comum na população feminina. Em 2012, para o mundo, estimaram-se 528 mil casos novos com uma taxa de incidência de 14/100 mil mulheres e 266 mil mortes por essa neoplasia, correspondendo a 7,5% de todas as mortes por câncer em mulheres.

Em termos globais, a maioria dos casos (70%) ocorre em áreas com menores níveis de desenvolvimento humano. Quase nove de cada dez óbitos por câncer do colo do útero ocorrem em Regiões menos desenvolvidas, onde o risco de morrer de câncer cervical antes dos 75 anos é três vezes maior Apesar do aumento no número anual de casos, o câncer cervical saiu do ranking de segunda neoplasia mais incidente no mundo, em 1975, para o sétimo lugar, em 2012. Essa contradição se deve à redução da incidência nos países em processo de desenvolvimento .

Fatores de risco

Nos Estados Unidos, a diminuição na incidência do colo do útero é atribuída, principalmente, ao rastreamento por meio do exame Papanicolaou, entretanto as estatísticas apontam uma maior incidência e mortalidade em mulheres negras e maior sobrevida em mulheres brancas. Há diversos fatores envolvidos na etiologia do câncer do colo do útero, mas as infecções persistentes pelo HPV são o principal deles. Entre seus 13 tipos oncogênicos, o HPV16 e HPV18 são os mais comumente relacionados com o aparecimento da doença. Nesse sentido, o início de atividade sexual com pouca idade, que aumenta a exposição ao risco de infecção por HPV, além da imunossupressão, a multiparidade (ter muitos filhos), o tabagismo e o uso prolongado de contraceptivos orais (estrogênio) são fatores associados ao desenvolvimento do câncer cervical.

No Brasil, o controle de câncer do colo do útero constitui uma das prioridades da agenda de saúde do país e integra o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O Ministério da Saúde, por meio da publicação “Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero 2016”, recomenda o exame citopatológico em mulheres assintomáticas com idade entre 25 e 64 anos, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos normais. Em caso de resultado de lesão de baixo grau, a indicação é de repetição do exame em seis meses. Desde 2014, está disponível, na rede pública, a vacina tetravalente contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV para meninas de 9 a 13 anos; e, a partir de 2017, também para meninos de 11 a 13 anos. Apesar da sua importância epidemiológica, o câncer do colo uterino possui alto potencial de cura quando diagnosticado em estágios iniciais.

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CÂNCER DA CAVIDADE ORAL

Ele também é chamado de câncer de boca, mas como não há norma ou padronização nas literaturas nacional e internacional sobre quais estruturas anatômicas compõem a sua definição, foram consideradas como neoplasias malignas de lábio e cavidade oral aquelas que tenham como localização primária os lábios, a cavidade oral, as glândulas salivares e a orofaringe.

No Brasil, ocorreram, em 2015, 4.672 óbitos por câncer de cavidade oral em homens e 1.226 em mulheres.

Fatores de risco

A etiologia do câncer da cavidade oral é multifatorial, sendo os fatores de risco mais conhecidos o tabaco e o consumo excessivo de álcool. A exposição excessiva à radiação solar ultravioleta, sem a devida proteção ao longo dos anos, pode representar um possível fator de risco para o câncer de lábio. Outros fatores, como a infecção pelo HPV, dieta pobre em frutas e vegetais, e má higiene bucal, vêm sendo estudados com o intuito de investigar sua implicação na carcinogênese, principalmente, do câncer de língua e na garganta.

Nos estágios iniciais dos tumores que se localizam nessa região anatômica, geralmente, os pacientes são assintomáticos, podendo disfarçar as condições benignas comuns da boca.

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CÂNCER DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

O cérebro e a medula espinhal formam o SNC. Seus tumores devem-se ao crescimento de células anormais nos tecidos nessas localizações, sendo compostos pelas meninges até a medula espinhal e outras partes do SNC. O câncer do SNC representa 1,8% de todos tumores malignos no mundo. Em termos de incidência, o câncer do SNC é o 13º tipo mais frequente em homens, com o risco estimado de 3,9/100 mil, e ocupa a 15ª posição entre as mulheres, com o risco estimado de 3,0/100 mil. As maiores taxas de incidência encontram-se nos países europeus.

Apesar de esse tipo de tumor ser relativamente raro, contribui de forma significativa para a mortalidade no mundo inteiro, principalmente quando se verifica em faixa etárias mais jovens. No Brasil, no grupo etário de 0 a 14 anos, observam-se os tumores do SNC já representando a segunda posição (16% de todos os tumores nessa faixa). No Brasil, ocorreram, em 2015, 4.718 óbitos por câncer do SNC em homens e 4.315 óbitos em mulheres.

A incidência e a mortalidade de câncer do SNC vêm aumentando durante os últimos anos, e parte desse aumento se deve à melhoria da tecnologia, principalmente no que tange a exames menos invasivos, que consequentemente facilita a detecção desse tipo de tumor. Alguns exemplos são: tomografia computadorizada, ressonância magnética e tomografia por emissão de pósitrons (PET Scan).

A maior parte dos tumores do SNC se origina no cérebro, nervos cranianos e meninges. Os gliomas são o tipo histológico mais frequente e representam cerca de 40% a 60% de todos os tumores primários do SNC, sendo mais comuns na faixa etária adulta.

Em geral, esses tumores são cirurgicamente incuráveis, além de possuírem resistência à radiação e à quimioterapia. Outros tipos histológicos de câncer do SNC são os meningiomas, representando entre 20% e 35% dos casos; e os neurilemomas Exceto câncer de pele não melanoma (5%-10%). Existem ainda tipos histológicos mais raros, como os adenomas pituitários, meduloblastomas e tumores da medula espinhal e nervos periféricos.

A incidência dos tumores do SNC é ligeiramente mais alta no sexo masculino em comparação ao sexo feminino. Quanto maior o nível socioeconômico, maiores são as taxas de incidência nesse tipo de tumor, fator este que provavelmente contribui para maior número de realização de tecnologias diagnósticas. Esse motivo talvez explique a diferença observada entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento.

As causas do aparecimento de tumores do SNC ainda são pouco conhecidas, tendo apenas alguns fatores como reconhecidos, como a irradiação terapêutica. Entretanto, como a ocorrência nesses casos é rara, a associação mais forte é mais encontrada para o desenvolvimento dos meningiomas e neurilemomas do que para os gliomas. Traumas físicos na região da cabeça e traumas acústicos (casos de trabalhadores expostos a alto nível de som) também são considerados possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de meningioma e neurilemoma acústico, respectivamente.

Algumas ocupações também são consideradas como possíveis fatores de risco para desenvolvimento de câncer do SNC, como trabalhadores da indústria petroquímica, lavradores, embalsamadores, entre outros. Alguns estudos sugerem que radiação gerada por radiofrequência, telefonia móvel e telecomunicação possa estar associada à etiologia dos gliomas, porém esse assunto permanece inconclusivo.

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LEUCEMIA

A leucemia é um tipo de câncer que ocorre no tecido que forma o sangue. A maioria das células do sangue se forma na medula óssea. Na leucemia, as células sanguíneas que não atingiram sua maturidade – células anormais – tornam-se câncer; essas células não funcionam de forma adequada, nem morrem, elas substituem as células sanguíneas saudáveis da medula óssea.

A leucemia pode ser aguda ou crônica, dependendo da velocidade de sua evolução. O prognóstico da leucemia depende do tipo de célula sanguínea afetada e se a leucemia é aguda ou crônica. Para cada tipo de célula do sangue que é afetada, existem diferentes tipos de leucemia. Os tipos de células do sangue são: glóbulos brancos (ou linfócitos, são células que combatem a infecção) que são o tipo mais comum de células do sangue que se tornam câncer; os glóbulos vermelhos (células que transportam oxigênio dos pulmões para o resto do corpo); e as plaquetas (células que coagulam o sangue).

Os quatro principais tipos de leucemia são:

  • Leucemia linfoide aguda (LLA) – tipo agressivo de leucemia caracterizada pela presença de muitos linfócitos na medula óssea e no sangue, podendo se espalhar para os gânglios linfáticos, baço, fígado, SNC e outros órgãos. Tem características específicas para adultos e para crianças, sendo mais comum em crianças. Poucos fatores associados a um risco aumentado para LLA foram identificados. Os que já foram aceitos incluem a exposição pré-natal a raios-x; a exposição pós-natal a altas doses de radiação; e condições genéticas bem específicas, como a Síndrome de Down, entre outras síndromes.
  • Leucemia mieloide aguda (LMA) – tipo mais comum das leucemias agudas em adultos.
  • Leucemia linfocítica crônica (LLC) – apresenta evolução clínica prolongada, sendo comum em adultos e raramente ocorre em crianças.
  • Leucemia mieloide crônica (LMC) – apresenta evolução muito lenta, sendo comum em adultos e raramente em crianças.

As leucemias, em geral, podem estar relacionadas a fatores de risco ocupacionais, agentes infecciosos específicos, desordens genéticas, exposição à radiação ionizante e a agentes químicos como os solventes (entre eles, o Benzeno) comumente encontrados no vapor da gasolina em postos de abastecimento.

As taxas de incidência de leucemia tendem a ser mais altas nos países que apresentam, para sua população, altos IDH, incluindo Austrália e Nova Zelândia, América do Norte e grande parte da Europa. No mundo, em 2012, foram estimados 351.965 casos novos, ocupando a 11ª posição entre todos os cânceres. Em 2012, no mundo, foram esperados para o sexo masculino 151.321 óbitos que correspondem a um risco estimado de 4,3 a cada 100 mil homens. Entre o sexo feminino, foram esperados 114.150 óbitos com um risco estimado de 3,3 a cada 100 mil mulheres, sendo a décima causa mais comum de morte por câncer. No Brasil, ocorreram, em 2015, 3.692 óbitos por leucemia em homens e 3.145 em mulheres.

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CÂNCER DE ESÔFAGO

No cenário mundial, foram previstos, para o ano de 2012, 456 mil casos novos de câncer de esôfago, 3,2% do total de casos de neoplasias malignas em adultos; sendo 80% desses tumores observados em países de baixa renda.

Em geral, é diagnosticada em fases tardias e de natureza extremamente agressiva, comprometendo a sobrevida que fica em torno de 15% a 25%. O prognóstico, em geral, independe do tipo histológico, embora pacientes com adenocarcinomas apresentem prognóstico discretamente melhor quando comparados aos carcinomas de células escamosas.

Compreende a sexta causa de morte por câncer no mundo, cerca de 400 mil, 4,9% da mortalidade específica por câncer, apresentando uma taxa de mortalidade estimada, para 2012, de 7,7/100 mil, em todo mundo.

Fatores de risco

Entre os fatores de risco envolvidos na etiologia do câncer de esôfago, destacam- -se a síndrome de Barret – decorrente de refluxo gastroesofágico crônico e a síndrome tilose hereditária – um distúrbio autossômico caracterizado por hiperceratose palmoplantar.

Em comum com os demais cânceres de origem digestória, os padrões dietéticos são de relevante importância, sendo considerado que estão associadas ao risco:

  • a ingesta de bebidas quentes;
  • dietas pobres em frutas e vegetais frescos;
  • o aumento do consumo de alimentos em conserva;
  • de churrasco;
  • o consumo de álcool e de fumo;
  • o fator obesidade.

Confira aqui as estimativas de incidência desse câncer no Brasil (2018)

LINFOMA NÃO HODGKIN

O LNH é um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada. O sistema linfático faz parte do sistema imunológico, o que ajuda o corpo a combater infecções e doenças. Como o tecido linfático é encontrado em todo o corpo, o linfoma pode começar em qualquer lugar. Pode ocorrer em crianças, adolescentes e adultos. De modo geral, o LNH torna-se mais comum à medida que as pessoas envelhecem. As pessoas brancas são mais propensas do que os negros e os homens são mais predispostos do que as mulheres.

Existem mais de 20 tipos diferentes de LNH que se formam a partir de diferentes tipos de glóbulos brancos (células B, células T, células NK)11. A maioria dos tipos de LNH é formada por células B. O LNH pode ser indolente (crescimento lento) ou agressivo (crescimento rápido). Os tipos mais comuns de LNH em adultos são linfoma difuso de células B grandes, que geralmente é agressivo, e linfoma folicular, que geralmente é indolente.

Grandes aumentos na incidência de LNH foram observados internacionalmente ao longo da segunda metade do século XX. Nos Estados Unidos, as taxas mais do que triplicaram nesse intervalo, com aumentos similares em grupos etários e entre homens e mulheres.

No Brasil, ocorreram, em 2015, 2.434 óbitos por câncer de LNH em homens e 1.960 em mulheres.

Embora os estudos tenham identificado fatores etiológicos que possam ter contribuído para o aumento das taxas de LNH, o fenômeno ainda permanece inexplicável. Pesquisadores já encontraram algumas evidências que sugerem o aumento do risco para LNH, como por exemplo: pessoas infectadas com o vírus da imunodeficiência humana (VIH ou HIV, do inglês human immunodeficiency virus) correm um risco muito maior de desenvolver esse câncer, assim como outros vírus, a saber, o vírus linfotrópico de células T humano tipo 1 (HTLV-1).

Os linfócitos são um tipo de leucócito presente no sangue e possuem um importante papel na defesa do corpo.

Os portadores, em sua maioria, permanecem assintomáticos por toda a vida. Fatores genéticos e imunológicos do hospedeiro são os principais responsáveis pelas manifestações clínicas associadas, que podem ser divididas em três categorias: neoplásicas, inflamatórias e infecciosas.

Confira aqui as estimativas de incidência desse câncer no Brasil (2018)

CÂNCER DE TIREÓIDE

O câncer de tireoide é a neoplasia maligna mais comum do sistema endócrino e ocupa a oitava posição no ranking dos cânceres que acometem as mulheres no mundo. Basicamente, existem tipos histológicos distintos que são subdivididos em:

  • carcinomas bem diferenciados − abrangem o papilífero e o folicular, o papilífero é o tipo histológico mais comum (de 50 a 80% dos casos), seguido do folicular (de 15 a 20% dos casos);
  • carcinoma pouco diferenciado − inclui o medular; e
  • carcinoma indiferenciado − compreende o anaplásico . O carcinoma medular e o anaplásico são pouco frequentes (cerca de 10% dos casos)

Tem sido descrito na literatura um aumento importante na tendência da incidência do câncer de tireoide, em ambos os sexos, nas últimas três décadas em vários países. As explicações para a observação dessa tendência crescente da incidência são controversas; a hipótese de aumento do número de casos novos em virtude do aumento da intensidade diagnóstica é defendida por alguns autores, sob a ótica de que essa propensão coincide com um maior uso e sensibilidade das técnicas diagnósticas para avaliação da tireoide.

Apesar disso, outros autores acreditam que o aumento observado na tendência da incidência possa ser consequência também das mudanças nos fatores ambientais e de estilo de vida. Para o câncer de tireoide, o único fator de risco consolidado na literatura é a exposição à radiação ionizante durante a infância. Os demais fatores de risco estudados, como nível de hormônio tireoestimulante (TSH, do inglês thyroidstimulating hormone) sanguíneo, hormônios sexuais, fatores reprodutivos, histórico de nódulos benignos e bócio, hipertireoidismo, padrões dietéticos, obesidade, tabagismo, etilismo e o envolvimento de doenças, como tireoidite de Hashimoto na etiologia da neoplasia maligna da tireoide, ainda não estão bem estabelecidos.

Confira aqui as estimativas de incidência desse câncer no Brasil (2018)

CÂNCER DE BEXIGA

O câncer de bexiga corresponde a aproximadamente 95% nos carcinomas de células uroteliais ou carcinomas de células de transição, são neoplasias que se desenvolvem no interior do trato urinário, mais concretamente na bexiga, ureteres e uretra. Os tumores da bexiga podem ainda ser classificados como não invasivos (superficiais) ou invasivos.

O câncer de bexiga é uma das neoplasias mais comuns do trato urinário e o nono tipo de neoplasia maligna mais incidente, em nível mundial, com cerca de 430 mil casos novos em 2012. Quando comparado por sexo, nos homens, ocupa a sexta posição (330.380 casos novos, no mundo, em 2012), em seguida do de pulmão, próstata e colorretal; nas mulheres, é o 19º câncer mais frequente (99.413 casos novos, no mundo, em 2012) e comumente em países mais desenvolvidos. As taxas de incidência são muito mais frequentes nos homens, de duas a quatro vezes maior do que nas mulheres.

Nas últimas décadas, tem sido observado na literatura um aumento significativo na incidência do câncer de bexiga, no mundo, e isso pode ser uma consequência dos efeitos do tabagismo, que é reconhecido como importante fator de risco para câncer. Segundo o World Cancer Report, estima-se que o risco de desenvolver câncer de bexiga entre os fumantes foi de duas a seis vezes maior em comparação aos não fumantes; sendo responsável por, aproximadamente, 66% dos casos novos em homens e 30% dos casos novos em mulheres.

Também existe associação a fatores de risco relacionados à exposição ocupacional e ambiental, a exemplo do trabalho na produção de alumínio, exposição à emissão de gases de combustão de diesel, exposição a agrotóxicos, trabalho na indústria da borracha, do plástico, da indústria têxtil; assim como em atividades laborativas bem específicas: pintores, cabeleireiros e barbeiros que trabalham com tinturas.

Confira aqui as estimativas de incidência desse câncer no Brasil (2018)

 CÂNCER DE LARINGE

Entre os tumores de cabeça e pescoço, o câncer de laringe ocupa a primeira posição e representa o segundo tipo de câncer respiratório mais comum no mundo, atrás apenas do câncer de pulmão. Esse tipo de câncer é mais incidente em homens com idade superior a 40 anos. O total de casos novos estimados para essa doença, em 2012, no mundo, representou 138.102 casos novos.

Casos diagnosticados em estágio inicial da doença têm melhores chances de cura desse câncer; é observado um prognóstico ruim para os casos em estádio mais avançado, influenciando uma menor sobrevida, apesar do tratamento.

Os fatores de risco já estabelecidos pela literatura são: uso contínuo do tabaco e de bebidas alcoólicas; sendo possível observar a potencialização do desenvolvimento desse câncer quando o hábito de fumar e beber estão juntos. Outros fatores etiológicos também apresentados com possível associação para o aumento do risco são: dieta pobre em nutrientes, refluxo gastroesofágico, infecções pelo HPV, síndromes genéticas; e a exposição ocupacional de alguns elementos, como pó de madeira, produtos químicos utilizados na metalurgia, petróleo, plásticos, indústrias têxteis e o amianto.

Confira aqui as estimativas de incidência desse câncer no Brasil (2018)

CÂNCER DO CORPO DO ÚTERO

O câncer do corpo do útero constitui o sexto câncer mais comum na população feminina, com uma estimativa mundial de 320 mil casos novos em 2012, correspondendo a 4,8% dos tumores femininos e 2,3 % dos cânceres em geral. Estimaram-se, no mundo, 76 mil óbitos em mulheres com câncer endometrial em 2012, o que representa 2,1% das mortes por câncer em mulheres.

O carcinoma endometrial é um tumor epitelial maligno, que exibe diferenciação glandular, sendo, portanto, o adenocarcinoma seu principal tipo histológico (mais de 80% dos casos) e está associado ao uso de estrogênio. Esse hormônio desempenha um papel importante na etiologia dessa doença. Os tumores do Tipo I são de baixo grau de malignidade e estão relacionados ao estrogênio; os do Tipo II não estão associados ao estrogênio, e são os adenocarcinomas de células não serosas e não claras que apresentam maior taxa de mortalidade.

Além de predisposição genética, dos fatores de risco associados ao câncer do corpo do útero, o principal é a obesidade. Outros fatores associados são:

  • sobrepeso;
  • diabetes mellitus;
  • hiperplasia endometrial;
  • anovulação (deixar de ovular) crônica;
  • uso de radiação anterior por efeito do tratamento de tumores de ovário;
  • uso de estrogênio para reposição hormonal;
  • menarca (momento em que a mulher começa a menstruar) precoce;
  • menopausa (quando a mulher deixa de menstruar) tardia;
  • nuliparidade (nunca engravidou ou nunca teve filhos);
  • síndrome do ovário policístico; e síndrome de Lynch.

O câncer do corpo uterino é comum em mulheres com síndrome de Lynch; ou seja, uma síndrome de câncer de cólon hereditário não poliposo, um defeito no reparo de falta de ácido desoxirribonucleico (ADN ou DNA, do inglês deoxyribonucleic acid) que também está associado aos cânceres de mama e de ovário. O risco de desenvolvimento de câncer do corpo do útero aumenta em mulheres com mais de 50 anos. Alguns fatores são considerados de proteção para o câncer endometrial, como o uso de progesterona; gravidez; e prática de atividade física regular.

Confira aqui as estimativas de incidência desse câncer no Brasil (2018)

CÂNCER DO OVÁRIO

O câncer de ovário é o sétimo câncer mais comum e representa 3,6% dos tumores feminino, sendo a oitava causa de morte por câncer da população feminina. A letalidade do câncer de ovário tende a ser mais elevada em comparação aos outros tipos de câncer dos órgãos reprodutores femininos.

  • Fatores genéticos como a história familiar de câncer de ovário ou de mama;
  • mutações de alto risco dos genes BRCA1 e BRCA2;
  • menopausa tardia;
  • endometriose;
  • nuliparidade (nunca engravidaram ou nunca tiveram filhos);
  • TRH;
  • obesidade;
  • e tabagismo estão associados com o desenvolvimento do câncer ovariano.

A gravidez e uso de contraceptivos orais (supressão da ovulação) são considerados fatores de proteção.

Confira aqui as estimativas de incidência desse câncer no Brasil (2018)

LINFOMA DE HODGKIN

 

O Linfoma de Hodgkin é assim chamado porque foi descrito pela primeira vez, em 1832, por Thomas Hodgkin. Esse linfoma pertence a um grupo de cânceres que se originam no sistema linfático (os linfomas), sistema este que produz as células responsáveis pela imunidade. Ele apresenta a característica de se espalhar de forma ordenada de um grupo de linfonodos para outro; podendo ocorrer em crianças, adolescentes e adultos.

Caracterizando esse tipo de linfoma, encontram-se linfócitos grandes e anormais nos linfonodos chamados células Reed-Sternberg.  As taxas de LH são mais altas entre adolescentes, adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e entre adultos mais velhos (75 anos ou mais). Os homens são mais propensos do que as mulheres a desenvolver linfoma.

O LH pode ser classificado em dois grupos: o nodular com predominância linfocitária (LHNPL) e o clássico. No grupo dos LHNPL, há o predomínio de linfócitos B benignos 19 Exceto câncer de pele não melanoma.

O grupo clássico se divide em cinco subgrupos, em acordo ao tipo de células que predominam: esclerose nodular (é o mais frequente, principalmente em mulheres); celularidade mista (tem a presença de células neoplásicas e reativas à infecção – forte associação com o EBV e também com o HIV); rico em linfócitos (necessário utilizar estudos de imuno-histoquímica para sua identificação); depleção linfocitária (muito raro, ocorrendo com mais frequência em idosos e se manifestando como doença grave); e o inclassificável (quando a avaliação se torna muito difícil).

As causas do LH, bem como para todos os linfomas, ainda não estão bem entendidas, mas pesquisadores sugerem algumas associações:

  • estudos mostraram que pessoas infectadas com o HIV correm um risco maior de desenvolver linfoma;
  • a presença de outros vírus, como o HTLV-1 e o EBV, também foi associada a certos tipos de linfoma;
  • a história familiar tem sido associada a um maior risco de LH; exposições ambientais, como herbicidas e pesticidas, podem estar ligadas ao linfoma, mas os cientistas não sabem o quanto é necessário para aumentar o risco de desenvolvimento da doença.

É considerado como um câncer de bom prognóstico, levando-se em consideração o diagnóstico e o tratamento oportuno.

Confira aqui as estimativas de incidência desse câncer no Brasil (2018)

CÂNCER DE PELE

 

No mundo, o câncer de pele é o mais comum, sendo o melanoma, o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular os tipos mais frequentes da doença. O câncer de pele pode ser classificado de duas formas, como melanoma e não melanoma. No mundo, para 2012, foram estimados 232.130 casos novos por melanoma, representando uma taxa de incidência de 3,3 por 100 mil habitantes e o 19º câncer mais frequente. Em relação à mortalidade, o câncer de pele melanoma, para 2012, representou 55.488 óbitos no mundo.

O câncer de pele não melanoma é o tumor mais incidente entre homens e mulheres no Brasil. Mesmo com a baixa letalidade do câncer de pele não melanoma, sua elevada incidência pode explicar uma ocorrência de óbitos quase semelhante ao câncer de pele melanoma. O câncer de pele não melanoma é curável na maioria dos casos. No caso do melanoma de pele, o prognóstico é considerado bom quando diagnosticado e tratado em sua fase inicial.

  • O principal fator de risco para os cânceres de pele melanoma e não melanoma é a exposição excessiva à radiação solar ultravioleta (UV).
  • Outros fatores, como cor de pele, olhos e cabelos claros;
  • história familiar ou pessoal de câncer de pele; o sistema imune debilitado por doenças ou em indivíduos transplantados por causa do uso de imunossupressores (azatioprina e ciclosporina), podem aumentar o risco desenvolver câncer de pele.
  • Além disso, é importante também frisarem-se os fatores ambientais e ocupacionais, como a exposição a fuligens;
  • ao arsênico e seus compostos (utilizado na conservação de madeiras, na formulação de agrotóxicos, na metalurgia etc.);
  • ao alcatrão de carvão (piche);
  • aos óleos minerais (industriais, não tratados ou pouco tratados);
  • e aos óleos de xisto (utilizados pela indústria petroquímica).

Trabalhadores que desenvolvem suas atividades ao ar livre, como os da construção civil, agricultores, pescadores, guardas de trânsito, salva-vidas, atletas, agentes de saúde, entre outros, apresentam maior risco de câncer de pele não melanoma.

Confira aqui as estimativas de incidência desse câncer no Brasil (2018)

CÂNCER INFANTOJUVENIL

 

Estima-se que, para o Brasil, para cada ano do biênio 2018-2019, ocorrerão 420 mil casos novos de câncer, sem considerar o câncer de pele não melanoma.

Entre os tipos de câncer infantojuvenis em todo o mundo, a leucemia é o mais comum na maioria das populações (de 25% a 35%). Nos países desenvolvidos, os linfomas correspondem ao terceiro tipo de câncer mais comum. Já nos países em desenvolvimento, esse tipo é o segundo mais incidente, ficando atrás apenas das leucemias. No Brasil, o percentual mediano de neoplasias nos RCBP na população infantojuvenil (de 0 a 19 anos) foi de 3%.

Confira aqui as estimativas de incidência desse câncer no Brasil (2018)