Estatísticas do câncer

CÂNCER DE PRÓSTATA

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 68.220 casos novos de câncer de próstata.

Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais incidente entre os homens em todas as Regiões do país, com 96,85/100 mil na Região Sul, 69,83/100 mil Região na Sudeste, 66,75/100 mil na Região Centro-Oeste, 56,17/100 mil na Região Nordeste e 29,41/100 mil na Região Norte.

Ocupa a segunda posição entre as neoplasias malignas que acometem os homens, em todo o mundo, atrás apenas do câncer de pulmão. A taxa de incidência global, em 2012, foi 31,1/100 mil, sendo mais elevada em países desenvolvidos, como Austrália, Nova Zelândia, América do Norte, e países da Europa Ocidental e Norte, podendo variar mais do que 25 vezes frente aos países em desenvolvimento. Isso pode ser atribuído, em parte, às estratégias de rastreamento, realização do teste antígeno prostático específico (PSA) e subsequente biópsia, uma vez que possibilita a identificação de pequenos tumores, latentes ou em fases iniciais de crescimento .

No Brasil, é o câncer de maior incidência entre os homens (desconsiderando-se dessa análise o câncer de pele não melanoma) e as maiores taxas ocorrem nas Regiões mais desenvolvidas: Sul e Sudeste. Em 2015, ocorreram 14.484 óbitos por câncer de próstata

CÂNCER DE MAMA

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 59.700 casos novos de câncer de mama.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, esse tipo de câncer também é o primeiro mais frequente nas mulheres das Regiões Sul (73,07/100 mil), Sudeste (69,50/100 mil), Centro-Oeste (51,96/100 mil) e Nordeste (40,36/100 mil). Na Região Norte, é o segundo tumor mais incidente (19,21/100 mil) (Tabelas 4, 12, 22, 27 e 32).

É a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres, sendo estimadas 522 mil mortes para 2012, o que representa 14,7% de todos os óbitos. Embora tenha uma taxa de mortalidade maior do que qualquer outro câncer (12,9/100 mil), o câncer de mama tem letalidade relativamente baixa, dado que a taxa de mortalidade é menor que um terço da taxa de incidência. É também o mais prevalente, com aproximadamente 8,7 milhões de sobreviventes previstos em 2012.

A tendência da incidência tem aumentado na maioria das Regiões do mundo. Entretanto, nos países altamente desenvolvidos, a incidência atingiu uma estabilidade seguida de queda na última década. Ainda nesses países, as taxas de mortalidade apresentaram uma tendência de declínio desde o final da década de 1980 e início de 1990, refletindo uma combinação de melhoria na detecção precoce, por meio de rastreamento populacional, e intervenções terapêuticas mais eficazes. Em 2015, no Brasil, ocorreram 15.403 óbitos por câncer de mama.

CÂNCER DE CÓLON E RETO

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 17.380 casos novos de câncer de cólon e reto em homens e 18.980 em mulheres.

É o terceiro mais frequente em homens e o segundo entre as mulheres. O câncer de cólon e reto possui relevância epidemiológica em nível mundial, uma vez que é a terceira neoplasia maligna mais comumente diagnosticada e a quarta principal causa de morte por câncer, representando 1,4 milhão de casos novos e quase 700 mil óbitos em 2012. As estimativas para 2012 apontaram uma taxa de mortalidade de 8,4/100 mil para ambos os sexos. Os homens apresentaram taxas de magnitudes mais altas (10,0/100 mil) do que as mulheres (6,9/100 mil). Enquanto a maioria dos casos novos (55,0%) ocorre nos países mais desenvolvidos, a maior proporção de óbitos (52,0%) é observada naqueles menos desenvolvidos, refletindo a baixa sobrevida nessas Regiões.

CÂNCER DE PULMÃO

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 18.740 casos novos de câncer de pulmão entre homens e de 12.530 nas mulheres para cada ano do biênio 2018-2019.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de pulmão em homens é o segundo mais frequente nas Regiões Sul (36,27/100 mil) e Centro-Oeste (16,98/100 mil). Sendo nas Regiões Sudeste (19,22/100 mil), Nordeste (10,37/100 mil) e Norte (9,03/100 mil), o terceiro mais frequente. Para as mulheres, é o terceiro mais frequente nas Regiões Sul (20,59/100 mil) e Sudeste (12,72/100 mil). Nas Regiões Centro-Oeste (11,52/100 mil), Nordeste (7,82/100 mil) e Norte (5,83/100 mil), ocupa a quarta posição.

O tabagismo é a principal causa de câncer de pulmão, sendo responsável por, aproximadamente, sete milhões de mortes anuais no mundo, incluindo o câncer. A incidência de casos novos de câncer de pulmão, segundo a última estimativa mundial, foi de 1,8 milhão, representando 12,9% de todos os novos casos de câncer, e 1,6 milhão de óbitos (19,4%) para o ano de 2012

CÂNCER DE ESTÔMAGO

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 13.540 casos novos de câncer de estômago entre homens e 7.750 nas mulheres para cada ano do biênio 2018-2019.

Entre homens, é o quarto mais incidente e o sexto entre as mulheres. De todos os cânceres que ocorrem no mundo, essa neoplasia maligna alcançou o quinto lugar, no ano de 2012, com prevalência de quase um milhão de casos, 6,8% do total . Diferenças são observadas entre os sexos, sendo duas vezes mais frequente no sexo masculino do que no feminino. Corresponde a 8,5% do total de cânceres em homens, reduzindo uma posição no ranking dos tumores mais comuns quando comparado ao sexo feminino (4,8%). Em contrapartida, tem aumentado, com os anos, a probabilidade de sobrevida, atingindo 30% em cinco anos.

 CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 16.370 casos novos de câncer do colo do útero para cada ano do biênio 2018-2019, com um risco estimado de 15,43 casos a cada 100 mil mulheres, ocupando a terceira posição.

O câncer do colo do útero ocupa o sétimo lugar no ranking mundial, sendo o quarto tipo mais comum na população feminina. Em 2012, para o mundo, estimaram-se 528 mil casos novos com uma taxa de incidência de 14/100 mil mulheres e 266 mil mortes por essa neoplasia, correspondendo a 7,5% de todas as mortes por câncer em mulheres. Em termos globais, a maioria dos casos (70%) ocorre em áreas com menores níveis de desenvolvimento humano. Quase nove de cada dez óbitos por câncer do colo do útero ocorrem em Regiões menos desenvolvidas, onde o risco de morrer de câncer cervical antes dos 75 anos é três vezes maior.

CÂNCER DA CAVIDADE ORAL

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 11.200 casos novos de câncer da cavidade oral em homens e 3.500 em mulheres para cada ano do biênio 2018-2019.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer da cavidade oral em homens é o quarto mais frequente na Região Sudeste (13,77/100 mil).  Como não há norma ou padronização nas literaturas nacional e internacional sobre quais estruturas anatômicas compõem a sua definição, foram consideradas como neoplasias malignas de lábio e cavidade oral aquelas que tenham como localização primária os lábios, a cavidade oral, as glândulas salivares e a orofaringe

Segundo as informações do Globocan/Iarc, em 2012, foram estimados 300.373 casos novos de cânceres de lábio e cavidade oral em nível mundial.

A exposição excessiva à radiação solar ultravioleta, sem a devida proteção ao longo dos anos, pode representar um possível fator de risco para o câncer de lábio. Outros fatores, como a infecção pelo HPV, dieta pobre em frutas e vegetais, e má higiene bucal, vêm sendo estudados com o intuito de investigar sua implicação na carcinogênese, principalmente, do câncer de língua e na garganta.

CÂNCER DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 5.810 casos novos de câncer do Sistema Nervoso Central (SNC) em homens e 5.510 em mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores correspondem a um risco estimado de 5,62 casos novos a cada 100 mil homens e 5,17 para cada 100 mil mulheres, correspondendo à décima e à nona posições, respectivamente.

O cérebro e a medula espinhal formam o SNC. Seus tumores devem-se ao crescimento de células anormais nos tecidos nessas localizações, sendo compostos pelas topografias C70 (meninges) até C72 (medula espinhal e outras partes do SNC). Em termos de incidência, o câncer do SNC é o 13º tipo mais frequente em homens, com o risco estimado de 3,9/100 mil, e ocupa a 15ª posição entre as mulheres, com o risco estimado de 3,0/100 mil. As maiores taxas de incidência encontram-se nos países europeus. Apesar de esse tipo de tumor ser relativamente raro, contribui de forma significativa para a mortalidade no mundo inteiro, principalmente quando se verifica em faixa etárias mais jovens. No Brasil, no grupo etário de 0 a 14 anos, observam-se os tumores do SNC já representando a segunda posição (16% de todos os tumores nessa faixa). Em 2015, 4.718 óbitos por câncer do SNC em homens e 4.315 óbitos em mulheres (BRASIL, 2017). A incidência e a mortalidade de câncer do SNC vêm aumentando durante os últimos anos, e parte desse aumento se deve à melhoria da tecnologia, principalmente no que tange a exames menos invasivos, que consequentemente facilita a detecção desse tipo de tumor.

LEUCEMIA

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 5.940 casos novos de leucemia em homens e 4.860 em mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores correspondem a um risco estimado de 5,75 casos novos a cada 100 mil homens e 4,56 casos novos para cada 100 mil mulheres, ocupando a nona e a décima posições, respectivamente.

A leucemia é um tipo de câncer que ocorre no tecido que forma o sangue. A maioria das células do sangue se forma na medula óssea. Na leucemia, as células sanguíneas que não atingiram sua maturidade – células anormais – tornam-se câncer; essas células não funcionam de forma adequada, nem morrem, elas substituem as células sanguíneas saudáveis da medula.

As taxas de incidência de leucemia tendem a ser mais altas nos países que apresentam, para sua população, altos IDH, incluindo Austrália e Nova Zelândia, América do Norte e grande parte da Europa. No mundo, em 2012, foram estimados 351.965 casos novos, ocupando a 11ª posição entre todos os cânceres. No Brasil, ocorreram, em 2015, 3.692 óbitos por leucemia em homens e 3.145 em mulheres.

CÂNCER DE ESÔFAGO

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 8.240 casos novos de câncer de esôfago em homens e 2.550 em mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores correspondem a um risco estimado de 7,99 casos novos a cada 100 mil homens e 2,38 para cada 100 mil mulheres, ocupando a sexta e a 15ª posições, respectivamente.

Pode ser considerado o oitavo mais frequente em todo o mundo, com prevalência estimada, em 2014, de 45 mil casos na população norte-americana. É considerada uma doença de baixa prevalência e sobrevida relativamente ruim. Em geral, é diagnosticada em fases tardias e de natureza extremamente agressiva, comprometendo a sobrevida que fica em torno de 15% a 25%. No Brasil, ocorreram, em 2015, 6.525 óbitos por câncer de esôfago em homens e 1.876 em mulheres.

LINFOMA NÃO HODGKIN

 Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 5.370 casos novos de linfoma não Hodgkin (LNH) em homens e 4.810 em mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. Para ambos os sexos, é a 11ª neoplasia mais frequente entre todos os cânceres.

Comentário O LNH é um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada. O sistema linfático faz parte do sistema imunológico, o que ajuda o corpo a combater infecções e doenças. Como o tecido linfático é encontrado em todo o corpo, o linfoma pode começar em qualquer lugar. Grandes aumentos na incidência de LNH foram observados internacionalmente ao longo da segunda metade do século XX.

No Brasil, ocorreram, em 2015, 2.434 óbitos por câncer de LNH em homens e 1.960 em mulheres. Embora os estudos tenham identificado fatores etiológicos que possam ter contribuído para o aumento das taxas de LNH, o fenômeno ainda permanece inexplicável.

CÂNCER DE TIREÓIDE

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 1.570 casos novos de câncer de tireoide no sexo masculino e 8.040 para o sexo feminino, para cada ano do biênio 2018-2019, com um risco estimado de 1,49 casos a cada 100 mil homens e 7,57 casos a cada 100 mil mulheres, ocupando a 13ª e quinta posições, respectivamente.

O câncer de tireoide é a neoplasia maligna mais comum do sistema endócrino e ocupa a oitava posição no ranking dos cânceres que acometem as mulheres no mundo.

As maiores taxas de incidência são encontradas nos países de alta renda, quando comparados aos de baixa e média rendas. Essa diferença pode ser atribuída, em parte, 13 O Vírus Epstein-Barr (EBV) é um membro da família dos herpes-vírus e um dos mais comuns nos seres humanos e a maioria das pessoas é infectada em algum momento de sua vida; porém essas infecções não causam sintomas – é o vírus responsável pela doença mononucleose infecciosa. A tendência da mortalidade por câncer de tireoide é de queda em quase todas as Regiões do mundo. No Brasil, ocorreram, em 2015, 509 óbitos por câncer de tireoide em mulheres e 239 em homens.

CÂNCER DE BEXIGA

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 6.690 casos novos de câncer de bexiga em homens e 2.790 em mulheres para cada ano do biênio 2018-2019.

O câncer de bexiga corresponde a aproximadamente 95% nos carcinomas de células uroteliais ou carcinomas de células de transição, são neoplasias que se desenvolvem no interior do trato urinário, mais concretamente na bexiga, ureteres e uretra. O câncer de bexiga é uma das neoplasias mais comuns do trato urinário e o nono tipo de neoplasia maligna mais incidente, em nível mundial, com cerca de 430 mil casos novos em 2012. Quando comparado por sexo, nos homens, ocupa a sexta posição (330.380 casos novos, no mundo, em 2012), em seguida do de pulmão, próstata e colorretal; nas mulheres, é o 19º câncer mais frequente (99.413 casos novos, no mundo, em 2012) e comumente em países mais desenvolvidos.

Quanto à mortalidade, para 2012, no mundo, foram estimados 165.084 óbitos com uma taxa de mortalidade de 2,3/100 mil. No Brasil, ocorreram, em 2015, 2.663 óbitos por câncer de bexiga em homens e 1.240 em mulheres (BRASIL, 2017).

 CÂNCER DE LARINGE

 Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 6.390 casos novos de câncer de laringe em homens e 1.280 em mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. O risco estimado será de 6,17 casos a cada 100 mil homens, ocupando a oitava posição; e a 16ª mais frequente com 1,20 casos a cada 100 mil mulheres.

Entre os tumores de cabeça e pescoço, o câncer de laringe ocupa a primeira posição e representa o segundo tipo de câncer respiratório mais comum no mundo, atrás apenas do câncer de pulmão. Esse tipo de câncer é mais incidente em homens com idade superior a 40 anos. No Brasil, ocorreram, em 2015, 3.809 óbitos por câncer de laringe em homens e 574 em mulheres. Casos diagnosticados em estágio inicial da doença têm melhores chances de cura desse câncer.

CÂNCER DO CORPO DO ÚTERO

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 6.600 casos novos de câncer do corpo do útero, para cada ano do biênio 2018-2019, com um risco estimado de 6,22 casos a cada 100 mil mulheres, ocupando a sétima posição17.

O câncer do corpo do útero constitui o sexto câncer mais comum na população feminina, com uma estimativa mundial de 320 mil casos novos em 2012, correspondendo a 4,8% dos tumores femininos e 2,3 % dos cânceres em geral. Estimaram-se, no mundo, 76 mil óbitos em mulheres com câncer endometrial em 2012, o que representa 2,1% das mortes por câncer em mulheres.

As maiores taxas de incidência de câncer do corpo do útero foram estimadas para a América do Norte (19,1/100 mil) e para o Norte da Europa Ocidental (12,9-15,6/100 mil); enquanto, no Sul da Ásia Central (2,7/100 mil) e na maior parte da África (menos de 5/100 mil), apresentam as taxas mais baixas. As taxas de mortalidade apresentam variação menor, de 0,9/100 mil na África do Norte a 3,8/100 mil na Malásia. Em 2015, no Brasil, ocorreram 1.454 óbitos por câncer do corpo do útero.

CÂNCER DO OVÁRIO

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 6.150 casos novos de câncer do ovário, para cada ano do biênio 2018-2019, com um risco estimado de 5,79 casos a cada 100 mil mulheres e o oitavo mais incidente.

Ocorreram 152 mil óbitos em mulheres com câncer de ovário em 2012, o que representa 4,3% das mortes em mulheres, sendo a oitava causa de morte por câncer da população feminina. A letalidade do câncer de ovário tende a ser mais elevada em comparação aos outros tipos de câncer dos órgãos reprodutores femininos. O câncer de ovário é o sétimo câncer mais comum e representa 3,6% dos tumores femininos. Em 2012, no mundo, foram esperados 239 mil casos novos, o que corresponde a um risco estimado de 6,1/100 mil. Ocorreram 152 mil óbitos em mulheres com câncer de ovário em 2012, o que representa 4,3% das mortes em mulheres, sendo a oitava causa de morte por câncer da população feminina.

LINFOMA DE HODGKIN

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 1.480 casos novos de linfoma de Hodgkin (LH) em homens e 1.050 em mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores correspondem a um risco estimado de 1,43 casos novos a cada 100 mil homens e a 14ª neoplasia mais frequente.

Segundo o Globocan/Iarc, em 2012, foram estimados 66 mil casos novos de LH, sendo o 25º mais frequente entre todos os cânceres. Entretanto, para os homens, foram 39 mil casos novos; e, entre as mulheres, foram 27 mil casos novos, ocupando a 22ª e 21ª posições, respectivamente.

CÂNCER DE PELE

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: estimam-se 85.170 casos novos de câncer de pele não melanoma entre homens e 80.410 nas mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores correspondem a um risco estimado de 82,53 casos novos a cada 100 mil homens e 75,84 para cada 100 mil mulheres. É o mais incidente em ambos os sexos

Quanto ao melanoma, sua letalidade é elevada, porém sua incidência é baixa (2.920 casos novos em homens e 3.340 casos novos em mulheres). As maiores taxas estimadas em homens e mulheres encontram-se na Região Sul.

No mundo, o câncer de pele é o mais comum, sendo o melanoma, o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular os tipos mais frequentes da doença. As maiores taxas de incidência mundiais encontram-se, em países como Austrália e Nova Zelândia, em populações com predominância da cor de pele mais clara. Em relação à mortalidade, o câncer de pele melanoma, para 2012, representou 55.488 óbitos no mundo. Sendo que, para os homens, o número de óbitos por câncer de pele melanoma foi de 31.390; e para as mulheres, 24.098. No Brasil, ocorreram, em 2015, 1.012 óbitos por câncer de pele melanoma em homens e 782 em mulheres.

CÂNCER INFANTOJUVENIL

Brasil, cada ano do biênio 2018-2019: para o Brasil, para cada ano do biênio 2018-2019, ocorrerão 420 mil casos novos de câncer, sem considerar o câncer de pele não melanoma. Uma vez que o percentual mediano dos tumores infantojuvenis observados nos RCBP brasileiros é de 3%, depreende-se que ocorrerão 12.500 casos novos de câncer em crianças e adolescentes (até os 19 anos).

O câncer infantojuvenil (entre 0 e 19 anos) consiste em um conjunto de doenças que apresentam características próprias em relação ao tipo histológico (células que compõem os tumores) e ao comportamento clínico. Corresponde a de 1% a 4% de todos os tumores malignos, na maioria das populações. Nos países em desenvolvimento, onde a população de crianças chega a 50%, essa proporção do câncer infantil representa de 3% a 10% do total de neoplasias. No Brasil, o percentual mediano 57 ESTIMATIVA | 2018 de neoplasias nos RCBP na população infantojuvenil (de 0 a 19 anos) foi de 3%. Assim como na maioria das populações, as leucemias foram as mais frequentes (26%), seguidas de outros tumores epiteliais (14%), linfomas (14%) e SNC (13%). No Brasil, os óbitos por câncer entre crianças e adolescentes (de 1 a 19 anos) correspondem à segunda causa de morte.